segunda-feira, 21 de abril de 2008

As luzes foram apagadas, tudo havia sumido. Silêncio. Balbuciava palavras, sem ter alguém para ouvir. Não havia mais lágrimas. Todas foram derramadas de uma vez, como se estivessem esperando há muito tempo, e de fato, estavam. A mentira estava ali. Estava procurando um apoio, e encontrara. As cortinas foram fechadas novamente, a roupa estava molhada, pois não havia sol, e o café estava frio, como a última esperança. Sentava no chão, pois era duro e frio, então sentia-se em casa. Lembrava de todos os planos, de toda a alegria. Sabia que devia enterrar tudo aquilo, mas não estava na hora. Queria acreditar que tudo era uma brincadeira, mais uma mentira. Não era. Queria simplesmente acender a luz, mas ela já estava acesa, só não podia ver. Sequer conseguia tocar a própria pele, doía. Sentia nojo, sentia dor. Não sentia nada.

2 comentários:

Consultor Previdenciário disse...

Victória.
Venho agradecer sua visita.
Volte sempre.
Grato pelo comentário.

roberto albuquerque. disse...

e não sentir nada é sentir tantas coisas. :F