domingo, 13 de abril de 2008

Havia acabado de acordar e já queria dormir novamente, voltar a sonhar. Não que a realidade fosse ruim, só queria que o tempo passasse logo. Queria acordar apenas sete dias depois. Mas não conseguia dormir, e sequer estava tentando, pois ao mesmo tempo um arrepio percorria por todo o corpo e sentia vontade de rir. Loucura. Mas afinal, havia motivos para rir, jamais estivera tão feliz, não queria mais ser outra pessoa, queria ser exatamente quem era, porque agora o amor estava vivo. O coração batia silenciosamente, e era possível ouvi-lo. Usava a camiseta que havia sido dele, e se abraçava, assim conseguia suprir a falta que ele fazia quando estava longe. Tudo era pequeno demais perto do que sentia. Bebia café, mesmo sem gostar, e comia bolachas com geléia de goiaba, adorava goiabas. O gosto nunca fora tão doce, e o amargo do café até fazia rir. Tudo era razão para rir. Faltava apenas uma semana para poder abraçá-lo, e passaria essa semana sorrindo. [...]

3 comentários:

Eduardo, disse...

Você mandou um vírus pra minha alma.
Ele funciona levando pra você, tudo
que eu sinto.Ai,voc escreve coisas
perfeitas,usando o que eu sinto.
oaspkaspkasopakspsakaspok.
Artista,ainda conspiraremos muito.(H)

caio disse...

Belo texto e muito profundo, gosto de textos em que a mensagem faz o leitor pensar sobre sua propria vida, enfim refletir sobre a vida em geral


http://tvcinemaemusica.wordpress.com

Alex P. disse...

Não é Vinicius de Moraes que cantava sobre as "comidinhas para depois do amor" ? Neste caso, você relatou as "comidinhas até chegar o seu amor"....