domingo, 23 de março de 2008

Não conseguia lembrar de muita coisa, com nitidez apenas dele. Mas havia uma exceção. Jamais esqueceria o Sol. Enquanto o asfalto corria, enquanto tudo passava rápido demais, era possível acompanhar o Sol. Há quem diga que a Lua é do amor, mas a Lua é da saudade, ela passa uma solidão cômoda. O Sol é do amor. Ele brilha como os olhos da pessoa amada, e é quase impossível olhar. O Sol é amigo de quem espera um momento, ele brilha na hora certa, ele se esconde na hora certa. E se algo puder lembrar aquele momento, será o Sol. Vida. Jamais consegui olhar para o Sol, mas ele de certa forma está comigo. Ele brilha como o meu coração, ele está dentro de mim.

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