domingo, 17 de agosto de 2008

Estou bem ocupada, preciso escrever três peças de teatro até sexta-feira. Acabei esquecendo de escrever a continuação. Mas, cá está.

Continuação.

E será que eu conseguiria suportar tanta irrealidade? A questão não era bem essa. Conseguir era fácil, sempre consigo quando tenho um travesseiro para chorar, mas será que eu poderia? Mas quando paro para pensar, vejo que o irreal é tão mais próximo da realidade do que ela própria.

Como uma ponte entre o que existe e o que é real, entre uma lágrima e um choro, entre a felicidade e um sorriso. E o medo de atravessar e chegar ao fim não era maior do que a vontade de prosseguir, porque o novo era conhecido em meus sonhos.

Dói bastante chamar de amigo aquele que é bem mais do que isso. É como diminuir todo o sentimento que tenho, ou apenas fingir que ele não existe. É como passar a vida com um espinho no dedo, e fingir que ele não está ali, porque foi fruto de uma rosa. Um sorriso era o que de mais valor eu dava lágrima após lágrima, porque de tempo em tempo, só conseguia expressar um verdadeiro sorriso quando mergulhava em sua secura. Em qualquer outro, isso seria um problema. Nele era apenas algo maravilhoso, porque aos olhos de todos era um defeito, aos meus era um sinal de que ele realmente existia. Sem rosto, sem nome, sem toque.

Continua...



11 comentários:

Nataly Penoff disse...

Nossa... quase chorei... horrivel quando as palavras alheias fasem tanto sentido que parecem que foi o vento que contouo seu segredo pra pessoa que escreveu.

Prefiro acreditar que imaginar algo é mais precioso do que viver...

Anônimo disse...

adorei esse trecho, você escreve muito bem, transmite seriedade e sabe expressar exatamente os sentimentos, me transportei poara o contexto e imaginei a situação de alguém que está meio deprimida, "chrando lágrimas de sofrimento emocional"
gostei muito da parte "...o irreal é tão mais próximo da realidade de que ela própria..."
quando você escrever um livro, me avise, quero comprar!
Ana Lucia Nicolau
www.analucianicolau.adv.br

Unknown disse...

Bom,não tenho uma poética , maas eu achei muito lindo,parabéns .
Achei um tanto pessoal .
É pessoal mesmo !? rs

Beijos .

Ronaldo disse...

muito bom essa parte, é bom ler e saber que tem gente boa escrevendo coisas assim excelentes

não pare

GiovannaMoser disse...

"Dói bastante chamar de amigo aquele que é bem mais do que isso"
concordo, infelismente, porque será
que é sempre assim? a vida é assim, talvez.


Eu adorei posso linkar?

Anônimo disse...

Você se expressa muito bem , e realmente é difícil sentir algo por alguém quando só tem a amizade da mesma. ;*

Fernando Gomes disse...

a história continua interessante.. o pedaço foi um dos mais envolventes.

já sabe como vai terminar?

tenta prever isso, senão você pode acabar se perdendo.

bjooos

Gustavo Santiago disse...

Melhor coisa que eu li sua até hj.
Que isso menina. eu falo é serio é das coisas simples e das expressões claras.

saudade do nosso café que a gente nunca tomou!

Elton D'Souza disse...

Oi
Tem um selo para ti lá no blog

Bjoo

Sr.F disse...

Olá Victória, nossa que estória fantántica! Estou curtindo muito, espero ansioso a continuação, gostei muito desta parte: "É como passar a vida com um espinho no dedo, e fingir que ele não está ali, porque foi fruto de uma rosa."...

Você consegue se dar muito bem nestas estórias com continuação, eu já não tenho este "dom"...Você leu e comentou no meu blog a primeira parte de uma esória que fiz, agora terminei e espero que você leia.
Vou demorar para fazer outro post assim, como me consumiu fazer esta estória, parecia que eu estava escrevendo a história sem fim, ufa...

Obs* estarei acompanhando para ver o seu desfecho, foi bom ter voltafo aqui, abraços!

www.oblogdosrf.blogspot.com

Bruna Trindade disse...

Menina, amei!
Gostei de como você descreveu cada detalhe do personagem, tudo tão minuncioso. Gostei da emoção transmitida, tudo muito vivo. Gostei de tuuudo!

Amei seu cantinho. De verdade!